Já que neste blog não se comemorou o Natal, mais por falta de ocasião que por falta de vontade, há que tratar já de postar o Ano Novo antes que também ele passe em branco! New Year's Resolutions nunca foram propriamente a minha praia... Não me recordo de alguma vez ter parado a pensar no que me propunha a fazer durante o ano seguinte... Talvez porque aquilo que quero mesmo lá vou tratando de obter e aquilo que até deveria querer só levo verdadeiramente avante quando passo a querer mesmo [ou a deixar de querer de vez!]... Sendo assim, acho que ainda não é desta!
Querido 2011,
não te importas que te vá vivendo a cada instante? Assim sem grandes antecipações de momentos nem promessas arrebatadoras? Prometo tratar-te bem e encher-te de momentos coloridos, daqueles que nos levam o pensamento mas adocicam o sorriso... Espero que também faças a tua parte e que estejas disposto a surpreender-me quando mais precisar, que me roubes o chão quando estiver na altura de voar, mas te mantenhas atento, pronto a me amparar... Acho que assim construímos o futuro! Pelo menos até que o 2012 bata à porta! ;)
São mulheres que não vivem para casar... Homens que casam para viver...
São mulheres que roubam inconscientemente corações que não querem ser roubados... Homens que os devolvem na inconsciência de já os há muito terem perdido...
Enfim! Deixemos a consciência para quem não a tem mas bom uso lhe faz...
Um destes dias, um professor universitário da Suécia foi assaltado, tendo sido levado o seu computador portátil. Ao que parece, num ataque de consciência, o ladrão gravou toda a informação contida no portátil e, uma semana depois, o incauto professor viu chegar à sua caixa de correio uma pen drive USB contendo os dados guardados.
E só para quem está para aí a dizer "Isso em Portugal nunca aconteceria!", desenganem-se! Não deu notícia, mas conheço (não em primeira, mas imediatamente em segunda mão!) o caso de um ladrão que levou uma pasta de professor, com pilhas de testes por corrigir, e que, reconhecendo o logotipo no cabeçalho dos testes, foi deixá-los em frente ao local! Tivesse ele a corrigenda dos ditos cujos e até os devolvia com a classificação atribuída!
Aluno: Stôra, como se escreve Migalangelo? Eu: Miguel Ângelo? Auno: Não! Migalangelo! É Migalangelo ou Miglangelo? Eu: É Miguel Ângelo! Aluno: Não é não! Vou dar erro e a culpa é da Stôra!
E fez-me recuar no tempo... De vestidinho pipi e fitinha no cabelo, a legendar um desenho:
Eu: Como se escreve Sê Reis? Professora: Não será Senhor Reis? Eu: Não. É Sê Reis! Mas é tudo junto ou separado? Sê Reis ou Sêrreis? Professora: É Senhor Reis! (Não fiquei convencida e, mal cheguei a casa, perguntei ao meu pai como era. Afinal a Senhora Professora tinha razão!)
A diferença? Eu tinha sete ou oito anos e frequentava o 2º ano da Escola Primária [1º ciclo para a geração seguinte]. Já o Melrinho de cima tem 15 anos e frequenta um curso para obter o 9º ano de escolaridade... Coisa pouca!
Eu faço. Tu fazes. Ele faz... E ela também! É algo tão natural, quase tão instintivo que, na verdade, todos fazemos. E sabe tão bem [na maioria das situações, vá!] que também os cãezinhos O fazem, e fazem as rãs e os pardalitos e até os peixinhos no mar! Na verdade, fazem-nO todos os animais vertebrados, em maior ou menor intensidade; em algumas espécies, mais os machos que as fêmeas! E se todos nós O fazemos e gostamos, de tal forma que O repetimos vezes sem conta, então é motivo para O celebrar!
Tem a duração média aproximada de seis segundos, mas, claro, que há quem consiga fugir muito desse valor! [Artes são artes e artistas há para todos os gostos!] Raramente fica pelo singular, chega em ondas, com curtos intervalos de 68 segundos. E é vê-lO chegar, Um após Outro... e Outro... É altamente contagioso e, dificilmente, alguém se controla perante um belo exemplar... E se O tentamos reprimir ou evitar, o processo resulta insatisfatório e, muitas vezes, incómodo, tal é a sua intensidade característica!
Digo mais, se, desde que começaram a ler este post ainda não O fizeram, duvido que consigam terminar a leitura sem O fazerem!
O Bocejo! [Haveria ser o quê?!]
Bocejar é um processo que protege o nosso cérebro do sobre-aquecimento e que serve como um mecanismo de esfriamento da massa cinzenta. No curso do dia, o nosso cérebro esquenta-se até ao ponto de queimar, por si só, um terço das calorias que consumimos. Para conseguir funcionar de forma mais eficiente, o cérebro necessita ser esfriado, através da inalação de oxigénio e, não raras vezes, de bocejos profundos.
Segundo os especialistas, um bocejo envia ar fresco ao cérebro, o que nos ajuda a manter-nos alerta. Portanto, um bocejo atrasa o sono e não o estimula, como alguns pensam*. O desejo que sentimos de bocejar quando outros o fazem pode ser considerado um mecanismo de grupo para nos ajudar a manter-nos alerta: Ecocinese - imitação involuntária de gestos vistos nas outras pessoas.[Para escrever este post, foi necessária aprofundada investigação sobre o tema!!]
Porque vos quero bem e, de forma alguma, vos quero ver sobre-aquecidos, bora lá estimular o Bocejo e celebrá-lo condignamente!
* Verdade que há por aí quem ande muito bem informado! ;p
Fui ameaçada. Foi caso para agarrar no pc e abrir a conta do "Verd'Alface" antes que alguém andasse por aí ao "dependuro" em plena Avenida da Estação. Verdade! Com isso não se brinca e, no momento em que me fazem um ultimato do género: "Vais actualizar o blog? Ou preciso de andar nu na Avenida da Estação?" eu nem penso duas vezes! Nada contra isso, caríssimo! Estou só a pensar no teu futuro cá nesta abençoada terrinha! [Ou até não... porque não falta por cá muita moça casadoira à procura de um bom partido! ;)]
Gosto de escrever. E sei que há por aí quem me* goste de ler. Na verdade, sei que me reconhecem as palavras, compreendem a mensagem, mas será que todos lêem o que escrevo? Ou lêem o que a vossa percepção capta? Entre quem escreve e quem lê há uma série de ruídos de fundo que impedem uma leitura 100% fiável. Há sempre uma procura de asteriscos, uma tentativa de busca nas entrelinhas... E isso condiciona quem escreve. E isso tem-me condicionado...
Lerem-me* é quase tão difícil quanto dois relógios marcarem a mesma hora... Quase tão improvável quanto dois corações baterem no mesmo compasso... Como uma névoa que encobre o horizonte... Ou a saudade que turva o pensamento... Ainda assim, são sempre muito benvindos, aqui...
Do dia de ontem, ficaram dois dedinhos lesionados (coisa pouca, vá!) e um músculo ressentido! Não, não me meti em aventuras radicais nem sequer qualquer actividade física! Em bom nome da verdade, arranquei um nadinha de pele de um dedo ao tentar abrir uma embalagem de um qualquer produto cosmético, na tentativa de não estragar as unhas! Horas depois, voltei a danificar um outro dedito, por causa de um outro creme-loção-hidratante-tonificante-reafirmante (...) ao tentar não partir... uma unha! Podem dizer que a vaidade é perigosa, ou como diria a minha amiga Desnorteada, é um monstro!! ;)
Como o dia ainda prometia, havia que lesionar mais qualquer coisita, até para ter suficiente matéria-prima para este post! Perante um delicioso e bem malandrinho arroz de tomate*, dei uma garfada fumegante e, voilà, língua queimada!
Hoje ando assim meia que dormente, "linguisticamente falando"... Com receio de comer seja o que for e com alguma perda do paladar...
Dei comigo a pensar:
coração arranhado é como língua queimada!
Fica-se com uma dor latente, que vai atenuando com o passar do tempo... Há quem se apresse numa nova colheita, ainda com o músculo arranhado e por restabelecer, acabando por provar isto e aquilo, mas sem grande sabor... Há quem espere que o tempo traga a cura, até restar só a sensação que algo que passou deixou marca... ficando o receio de provar seja o que for, não vá voltar a arranhar...
*Sim, porque gosto deles deliciosos e bem malandros!
Na minha cabeceira mora um romance daqueles escolhidos pela capa... verde, leve, esvoaçante... que, por não me sorver a cada parágrafo, já lá está há um tempinho! Tem uma leitura suave, agradável, que acompanha e até delicia em alguns momentos, mas não vai deixar mossa... grande, pelo menos!
Ainda assim, foi lá que me deparei com isto, logo nas páginas iniciais:
"A vida tinha uma estranha forma de fazer aquele tipo de coisa:
de nos dar o que precisamos quando o precisamos, não quando queremos - a vontade não é tida em conta. Querer e precisar são duas coisas muitos distintas."
Verdade que nada de importante deixou de acontecer quando fazia falta. Verdade que muito do que foi desejado e não aconteceu, passou, porque o desejo é efémero e simplesmente desvanece. Verdade que queremos sempre tanto e, bem vistas as coisas, precisamos de tão pouco...
Porque tempo é coisa que não me tem faltado e porque a vontade de voar tem sido mais que muita, mas tenho feito das tripas coração [imagem mental pouco bonita!] para manter os pés juntinhos ao solo, dei por mim a terminar todas as leituras pendentes! Sim, não há mais nenhum livro na estante que espere pelos meus olhinhos cansados [pelo menos, mais nenhum valha a pena!].
Agora quero um Livro que me acompanhe por mais umas semanas. Só até ás férias. Mas um Livro mesmo! Um daqueles que nos fazem sonhar os sonhos que bem poderiam ser nossos, que nos transportam como que por magia para terras desconhecidas, um daqueles que, no final, vai roubar-nos um suspiro depois do último beijo.
Nada como sete bolas no fundo da baliza para que os menos atentos nem se apercebam que hoje é o dia maior do ano! Sim, começou oVerão!!!
E como o Verão vem acompanhado de tardes na esplanada, geladinhos saborosos, roupas curtas, corpos bronzeados, longas noites de festa, muito sol, pezinhos enterrados*na areia quente, arrepios salgados, gritinhos alegres de crianças e graúdos, sorrisos rasgados de orelha a orelha... isso é motivo para comemoração!
De autoria desconhecida, esta frase borbulha por todos os cantos da Internet, com maiores ou menores adaptações. Encontrei-a não sei quando e fiquei a mirá-la enquanto sorria. É que, de repente, uma singela frase era capaz de me fazer convencer que todos os tombos que dou, são muito bem dados, e todas as arranhadelas são benvindas. O meu ar de menina pacata e responsável esconde uma dose XXL de impulsividade, que corre atrás dos sonhos, até as pernas falharem.
Em ervilhinha, respondia frequentemente aos apelos da minha mãe com um "Já vou" e a resposta materna não tardava: "Não é já, é agora!" Às vezes, vinha o meu pai que acrescentava: " Não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje!" E eu voava a cumprir a minha obrigação!
E isto ficou gravado na memória e fez-me crescer a acreditar que quando queremos muito alguma coisa, não há tempo a perder!
Mas o que será melhor: ter a ousadia de correr atrás do que ser quer ou a sensatez de saber esperar pelo momento certo?
Um dia destes quase me espancaram por ter dito que "tenho a mania"! "É que nem pense! Quem lhe disse isso? A menina não tem nada a mania!" Pronto, não tenho! Vá, não se zangue!
Por acaso até não tenho! Dessa mania, pelo menos! Agora que há outras bem estranhas, lá isso há! Por exemplo, as misturas! No que toca ao contacto indevido entre os alimentos*, sou cá uma não-me-toques! É que não suporto comer um pãozinho que se encostou, sei lá, num croissant! Ou, beber água, num copo que já albergou sumo! Até me causa urticária só de pensar!! E já que estou em matéria de confidências, ficam já a saber que fazer uma refeição com uma garrafa de vinho à minha frente é uma tortura! Não gosto!! E isto sim, é uma mania e daquelas alojadas em mim desde sempre! Segundo dizem, em pequena, cruzava os braços e não comia enquanto não retirassem a garrafa da minha frente!
Porque é Abril, todos os dias ainda soam a dia especial. Porque é Abril, dou por mim a observar uma qualquer data num qualquer mostrador e a pensar que o dia diz-me alguma coisa. Sem borboletas no estômago nem friozinho na barriga.*
Às vezes dou por mim a olhar em redor e a estranhar... Coisas, pessoas, situações que simplesmente não alcanço. Certamente também sou incompreensível aos olhos dos outros [até dos meus!]. Se calhar o problema está em querer entender aquilo que não existe para ser percepcionado pela mente, mas pelos nossos sentidos primários. A vida verdadeiramente vivida é doce ao paladar, harmoniosa ao ouvido, aromática ao olfacto, colorida à visão, suaveno tacto... Não há espaço para análises exaustivas, nem tubos de ensaio, nem cobaias, nem testes experimentais!
A Química da Vida tem outros verbos, escritos com fios de seda, esculpidos com o coração, daqueles que apelam aos nossos sentidos e conseguem silenciar o pensamento... ;)
Tenho em mim coisas de menina que insiste em não querer crescer, por achar que a vida lá fora é cinzenta e enfadonha, e o arco-íris não pode só aparecer em dias de chuva tristonha, como que a prometer que o amanhã é que vai ser.
Tenho em mim coisas de menina, sei-as bem e não me importo: * lambuzar-me de chocolate e querer beijos com sabor... * gostar de surpresas e morrer de amor... * rezar ao Anjo da Guarda e pedir protecção... * sentir saudades e falar com o coração... * chorar fora de horas e rir só por rir... * confiar nos outros e deixar-me ir... * ter asas para voar...
* mas não partir quando prometer ficar...
* recuperar o fôlego com um abraço apertado...
* viajar no dorso de um cavalo alado...
* acordar com vontade de sentir a brisa do mar...
* olhar o sol, mesmo sabendo que não o posso fitar...
* levantar-me tarde de mais e passar noites sem dormir...
* queixar-me duma qualquer "ervilha" que não me deixa sorrir...
* sentir borboletas na barriga e derreter-me com um olhar...
* sonhar acordada e sonhar só por sonhar...
* adorar as luzes e os sons, os cheiros e os contos de Natal...
* e convencer-me que é a vida que me guia, afinal!
Lá na escola, começam uma série de actividades engraçadas que pretendem cativar os mais novos e trazê-los de volta ao mundo dos livros. Não sei quando se deixou de gostar de Ler! Sempre me conheci uma adepta da Leitura e continuo a sê-lo. Ler é sem dúvida um pequeno prazer* que me delicia... Lembro-me bem de ir às compras mensais com os meus pais, na altura, ao Feira Nova, em Braga, ou ao Continente, na Srª da Hora, [que era o que de mais perto havia!] e de ficar "colada" às prateleiras dos livros! E, no final, a recompensa: um livro da colecção "Patrícia", que era, no meu entender de outrora, uma versão muito mais fashion e adulta dos "Uma Aventura"! E com que prazer devorava cada página do livro! O ponto culminante era colocá-lo, orgulhosamente, na minha estante! Mais um...!
Antes dos "Patrícia", foram os "Heidi" e os "Anita"... Mas o livro que fazia os meus olhitos rebrilhar era muito especial: tinha o formato de uma bailarina e um pelinho loiro a fazer de cabelo! Lá dentro, dançava uma menina bonita, acompanhada por um grupo de ratitos, todos com tutu cor-de-rosa! O facto de estar escrito em inglês e de não perceber uma única palavra não tinha importância nenhuma! E o que tornava este livro mesmo especial era ter sido comprado num grande navio, daqueles que tiram o fôlego às crianças só de imaginar o tipo de aventuras que por lá poderiam viver!
*Um prazer que, à semelhança de outros, não exercito tanto quanto gostaria... ;)
É impressionante como há coisas que em mim simplesmente não mudam! Não, não estou a falar de "Mini-Pans" [mas bem sabem que também!], mas da minha já muito velhinha mania de arranjar desculpas para não fazer o que não quero! Tudo serve para eu argumentar, de mim para mim, porque carga d'água não hei-de fazer determinada coisa, quando estou farta de saber que tenho mesmo que fazê-la! O inverso também acontece, e vezes de mais até!, em que estou fartinha de saber que não devo fazer isto nem aquilo, mas faço à mesma, só porque me apetece e ponto!
E isto não é de hoje... Quando ainda estudava, o despertador tocava sempre na hora certa, mas levantar-me para ir às aulas é que era mais difícil! Na maioria das vezes, convencia-me a mim própria que levantar-me cedinho e rumar à UM não era a atitude mais sensata, ora porque estava muito frio e podia constipar, ora porque estava com alergias e ia passar a aula a espirrar, ora porque pedia à Olga ou à Manela (ou à Cidália ou à Natália...) e tinha os apontamentos umas horas depois, ora porque se nunca ia à aula, não era um bom dia para me apresentar, principalmente porque tinha demorado tanto tempo a decidir-me, que já ia chegar atrasada!
Ora, hoje, dei por mim a regressar no tempo e a tentar convencer-me que faltar à formação era o mais acertado:
C*C (podem visualizar o Anjinho, no ombro direito, impávido e sereno, a dar toda a margem de manobra ao safadote do Diabinho, do ombro esquerdo) - Está a chover tanto! E até troveja! O mais certo é haver acidentes na auto-estrada! Aposto que a VCI vai estar um caos! Nunca na vida chego a tempo! Vou levantar-me cedo e vou chegar atrasada! Vão marcar-me falta à primeira hora! Para isso, mais vale ficar na cama e ir só à segunda hora!!
Acho que cansei o meu Anjo no Carnaval! Vá, Anjinho, regressa rápido antes que seja tarde de mais! ;)
* Não é por nada, mas até escrever no Blog me pareceu uma boa desculpa para não corrigir a montanha de testes que me aguardam, ali, a olhar para mim...
Deve ser impressão minha, mas este ano não me cheira a Dia de S. Valentim! Não enjoei de ver corações colados nas montras, nem somei minutos de inércia a ver publicidade a perfumes, telemóveis, bombons e afins, nem tão pouco recebi sms da minha operadora telefónica a sugerir-me ideias para surpreender "a cara metade" [como se precisasse de dose extra de imaginação*].
Tenho é que ter cuidado com o que faço hoje e por onde ando... Não vá acontecer-me como da última vez [há uma vida atrás!], em que não estava nem aí para o Dia dos Namorados, e que, sossegadinha, aproveitava os raios de sol, confortavelmente instalada numa varanda, enquanto pintava as minhas unhas e, de repente, ouço, vindo da rua:
Crianças impertinentes: Olha uma encalhada! Sozinha num dia destes!
C*C (incrédula e encolhida na varanda): ...
Crianças impertinentes: Coitada da azeda!
Lembrete de mim para mim: Hoje, não pintar unhas na varanda!! [Fazer as sobrancelhas ou desencravar pelinhos com uma pinça também devem ser actividades interditas!]
Porque, nos meus dias bons, sou muito mais docinha que azeda...
Um S. Valentim bem *apertadinho*
*O que faz falta é mesmo dose de sanidade mental! Mas não constava na ementa!! ;)
Por aí, sabe que vais estar sempre por cá, mesmo que já cá não estejas... E não estás mesmo. Podes invadir os meus sonhos e espreitar o meu pensamento... Mas não te demores muito, porque o teu lugar é aí... O meu? O meu é onde estiver o meu sorriso, é onde me apetecer ficar, é quem souber limpar uma lágrima com um beijo, é sempre que me roubarem o tempo com um olhar, sempre que me prenderem... aqui! ;)
Hoje, e a propósito de um post da minha querida Desnorteada, dei por mim a recuar no tempo até à altura do fantástico 6º G! A turma G, que do 5º ao 9º me viu crescer (e à XX também!) nunca foi propriamente a "preferida" dos professores! Se bem me lembro, era a D, a turma das "meninas bonitas" que jogavam muito bem futebol e com a qual nos fartámos de perder! Todas as semanas lá marcávamos a desforra... Todas as semanas perdíamos! Até ao dia em que finalmente as conseguimos vencer! E como o objectivo estava atingido, nunca mais quisemos voltar a jogar!
Ora foi no 6º G que me apaixonei por um menino, que era o Badboy da parada! Bilhetinho para aqui, bilhetinho para ali, e, de repente, o pedido:
"Queres namorar comigo? Sim __ Não __"
E eu lá rabisquei um X no "Sim". Uma dorzinha de barriga, mas até aqui tudo bem! Eis que chega a resposta: "Então no intervalo grande temos de dar um beijo." E pronto, pânico total!! Beijo?? Na boca?? É que nem pensar! Eu era muito nova para essas coisas! Eu era das "certinhas" da turma! Eu, que sempre havia recusado os convites para jogar ao "bate-pé"! É que nem morta! Passei o intervalo grande enfiada na casa-de-banho das meninas!! Ele não gostou e decidiu vingar-se! Escreveu uma longa carta, com frente e verso, a declarar o seu eterno amor, assinou o nome completo e colocou-a na minha caixa de correio, mesmo sabendo que eu não tinha chaves!
Passei o final da tarde (com a ajuda da Di) a enfiar todo o tipo de utensílios na caixa de correio para tentar tirar de lá a carta! Em vão... Vi o meu pai sair do elevador com uma série de arames e a minha mãe a ler um papel! A minha mãe sorria até deparar-se com o P.S. da carta:
"Adoro quando vestes aqueles calções vermelhos pequeninos! Ficas mesmo sexy!"
Conclusão: a minha mãe nunca mais me deixou vestir os ditos calções e, que nem Mãe de uma tradicional Família Siciliana [isto para não dizer Máfia], encomendou um "susto" para o grande atrevido que ousara aproximar-se da sua filhota! O carrasco foi o meu primo "Chocolate", que era, naquela escola recém-inaugurada, talvez o mais velho e, sem dúvida, o mais apreciado pelas meninas!
E, com isto, devia ter previsto que as coisas, neste campo, não iriam ser fáceis... sem os meus calções vermelhos curtinhos!! ;)
O 2009 foi emotivo e surpreendente. Foram perdas e conquistas. Reencontros e despedidas. Foram as pazes com o passado. Foi o arrumar a casa e preparar-me para o futuro. Este futuro que, por nunca se tocar, está sempre ao dobrar da esquina, tipo menino atrevido que pisca o olho mas não dá a mão.
O 2010 chegou há uns dias e o meu desejo é poder beber a vitalidade dos 361 dias que se aproximam na companhia de quem gosto*, sorvendo lentamente cada travo como se fosse o último... E isso, sim, é viver!
O Verd'Alface nasceu, aqui, neste cantinho, para transformar os meus pensamentos em salpicos de amor, em gotinhas de orvalho refrescantes para quem as lê... e para quem as escreve! :)