9 de julho de 2011

No trilho da Pandora

Há uns dias dei pela falta da minha [muito despida] Pandora... Vasculhei meia dúzia de sítios muito prováveis e dois ou três verdadeiramente inconcebíveis... Verdade que não me dei ao trabalho de me dedicar afincadamente a essa tarefa. Verdade que já me conheço suficientemente bem para saber que só vale a pena investir no que realmente quero quando quero. Assim foi: ontem deitei os olhinhos a um monte de trabalho por fazer e pensei "É agora que vou procurar a Pandora!"... Escusado será dizer que não demorei cinco minutos para a encontrar, embrulhada numa pilha de fotocópias e pastas por arquivar, algures entre a "História da Gata Borralheira", de Sophia de Mello Breyner e o "Aviso de Cobrança", do Condomínio!

E logo fui invadida por um pensamento...[Ok, vá, por dois, sendo que um não vem nada ao caso e logo que me disponha (leia-se "me apeteça") trato de proceder à transferência!] E dei por mim, mais uma vez, a convencer-me que eu sou capaz de tudo... basta querer! Lá está, é esta mania de "vestir camisola"* quando quero mesmo... Porque se for um "querer tímido", sei que é para querer pouco hoje e menos ainda amanhã... Agora se for um "querer querer", daqueles que nos roubam o sono à noite e não pedem permissão para se instalarem na almofada pela manhã, sei que é coisa para me arrancar do conforto da minha tranquilidade, virar a minha vida do avesso e rasgar-me um sorriso tolo no rosto... enquanto "brinco" com a Caixa de Pandora! ;)

*Até posso não levar o prémio para casa, mas, verdade seja dita, tenho bom perder...
e não costumo amuar!