28 de janeiro de 2011

"Time you enjoy wasting was not wasted"

"Fizeram-nos acreditar que amor mesmo, amor de verdade, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não nos contaram que amor não é accionado, nem chega com hora marcada. Fizeram-nos acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém na nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: nós crescemos através de nós mesmos. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram-nos acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas que pensam igual, agem igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram-nos acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram-nos acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que namoram pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeças tortas do que pés tortos. Fizeram-nos acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém nos vai contar isso tudo. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando estiveres muito apaixonado por ti mesmo, vais poder ser muito feliz e apaixonares-te por alguém.''

 [John Lennon]

22 de janeiro de 2011

Marujos de Banheira

Ando com vontade de pegar num bloco de post-it's, de cor bem ofuscante, e sair a colar papelinhos testas fora!

              * "Ora, com licença: Mija-Pocinhas!..." [aqui]
              * "Sem qualquer dúvida: Nim!" [aqui]
              * "De olhos fechados: Encarquilhamento bifurcado!" [aqui]

Tenho a impressão que havia meia dúzia de formas disponíveis, mas que, num assalto à mão armada, levaram a forma O Tal e nunca mais foi resgatada... "Não é grave!", terá pensado o mestre de obras, temos sempre a forma mais requisitada O Príncipe Perfeito. E todos aplaudiram com entusiasmo. Foi reforçada a segurança, redobrados os cuidados de todas as vezes que a forma era usada... Mas era uma forma muito solicitada... Um dia, furou! Não se sabe a data exacta, mas palpita-me que terá rondado o ano de 1976... Desde então, as fornadas eram mais do mesmo... Num dia de inspiração, já cansado de "Sai duas de Mija-Pocinhas!", "Mais três de Nim!", "Mais uma fornada generosa de Encarquilhamento Bifurcado!", o mestre de obras devidiu inovar e, com toda a força, investiu uma grande amolgadela numa das formas! À primeira vista, o resultado era promissor! E o mestre, feliz da vida, fez seguir fornada atrás de fornada... Surgiram então os Marujos de Banheira!



«Pelo que vejo
És um marujo da banheira
E antevejo
Um bárbaro e vil desfecho
Mal te abram a torneira
Já se vislumbra uma desgraça
No teu desejo
De ter a maior traineira
Talvez te tapes
E uma onda ainda te mande
Contra o esmalte da banheira
Ou contra um pato de borracha

(...)
Faz-te falta um faroleiro
Que te afaste a luz dos olhos
Que te aponte para os molhes
Que há tanta ilusão na vida
Por te ouvir tantas cantigas
Já deixei de acreditar

Tu vai lá contra os patinhos
Que eu remo este alguidar.»

Haja paciência!!
E uma boa dose de humor para levar o barco a bom porto... Porque que os há, há! [Ou não?] ;)

* Quem quiser rever estes conceitos, faça o favor de clicar! ;)