Um dia sentei-me à beira-mar e contei uma história, que tinha ouvido em qualquer canto ou lido em qualquer livro... Contei uma pequena parábola para tentar devolver um sorriso a quem insistia em queixar-se do mundo e da imperfeição de todos os momentos (quase) perfeitos...
Um homem deambulava pela praia, cabisbaixo, pensava na vida, nos problemas que o assolavam, nos pesadelos que não o deixavam dormir... Sentou-se na areia e, ao seu lado, avistou um pequenino saco. Abriu-o. Remexeu o conteúdo com delicadeza. Apalpou o que pareciam ser pequenas pedras. Tirou uma, fechou-a na mão e desejou no seu íntimo que a vida dele mudasse. Respirou fundo e atirou a pedrinha para longe... Uns minutos depois, voltou a retirar outra pedrinha, a formular outro desejo, e a arremessá-la para o mar... Durante toda a noite, sob a vigilância de uma lua confidente, o homem fez pedidos, soltou desejos, enquanto atirava, uma a uma, as pedrinhas ao mar... Quando lhe restava apenas uma pedrinha no saco, o homem deteve-se para pensar num desejo final: não queria desperdiçar a sua última oportunidade com um desejo banal! Enquanto reflectia, abriu o saco e retirou a pedrinha. Observou-a à luz da lua e emudeceu. A pedrinha, tal como todas as que tinha atirado ao mar, tinha um brilho ofuscante de uma clareza cristalina. Era um diamante.
Quantas vezes não desperdiçamos "diamantes" à espera do momento ideal... inconscientes que o presente Agora é perfeito? :)
19 de setembro de 2009
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Vou contar-te um segredo... Tenho medo de estar a desperdiçar o momento ideal...
ResponderEliminarA comparação é interessante. Mas ficou-me também a duvida...E o Homem não poderia ir ao mar buscar as outras pedras????
ResponderEliminar(e cá para nós, um diamante já chega!)
J.R., o homem só tinha duas opções: ou ficar à espera que o mar devolvesse os diamantes perdidos ou tirar o máximo proveito do único diamante que guardou... Espero que tenha optado pela segunda!
ResponderEliminar...de facto muitas das vezes nem percebemos o valor das coisas que temos entre maos...quando de facto temos consciencia...já era!
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